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O Grande Gatsby (Penguin)

Page 18

by F. Scott Fitzgerald


  — Não ama — disse Gatsby, meneando a cabeça.

  — Ama, sim. O problema é que às vezes ela põe umas ideias tolas na cabeça e não sabe o que está fazendo. — Ele assentiu sabiamente. — E mais: eu também a amo. De vez em quando dou uma de minhas escapadas e caio no ridículo, mas sempre volto para ela e, no fundo, sei que a amei esse tempo todo.

  — Você é revoltante — disse Daisy. Ela se voltou para mim e sua voz, descendo uma oitava, preencheu toda a sala com um escárnio faiscante: — Sabe por que fomos embora de Chicago? Incrível que ele ainda não o tenha brindado com a história dessa pequena escapada.

  Gatsby aproximou-se e ficou ao lado dela.

  — Está tudo acabado, Daisy — ele disse solenemente. — Nada disso importa. Apenas lhe diga a verdade, que você nunca o amou, e tudo se apagará para sempre.

  Ela lhe lançou um olhar vazio:

  — Ora… como eu poderia amá-lo… talvez?

  — Você nunca o amou.

  Ela hesitou. Seus olhos pousaram sobre Jordan e mim, numa espécie de apelo, embora ela afinal entendesse o que estava prestes a fazer — e como se nunca, em nenhum momento, tivesse tido a intenção de fazê-lo. Mas já estava feito. Era tarde demais.

  — Nunca te amei — ela disse, com uma perceptível relutância.

  — Nem em Kapiolani?1 — perguntou Tom de repente.

  — Não.

  Vindos do salão lá embaixo, acordes abafados e sufocantes subiam em bolsas quentes de ar.

  — Nem quando te carreguei por toda a descida do Punch Bowl2 para não molhar os seus pés? — Havia uma ternura ríspida em sua voz… — Daisy?

  — Por favor, não. — Sua voz era fria, mas o rancor já tinha passado. Ela olhou para Gatsby. — Ah, Jay — ela disse, mas sua mão tremia ao tentar acender um cigarro. De súbito, lançou o cigarro e o fósforo aceso no carpete.

  — Ah, você está pedindo demais! — ela gritou para Gatsby. — Eu te amo agora, não é o suficiente? Não tenho culpa do que aconteceu no passado. — Ela começou a soluçar, desamparada. — Eu amei, sim, o meu marido, e amei você também.

  Os olhos de Gatsby abriram e fecharam.

  — Você me amou também? — ele repetiu.

  — Até isso é mentira — disse Tom, agressivo. — Ela nem sabia que você estava vivo. Ora… Há coisas entre mim e Daisy que você nunca vai saber, coisas que nenhum de nós poderá esquecer.

  Aquelas palavras pareceram atingir Gatsby fisicamente.

  — Quero conversar com Daisy a sós — insistiu. — Ela está muito agitada e…

  — Mesmo sozinha não posso dizer que nunca amei Tom — ela confessou numa voz deplorável. — Não seria verdade.

  — É claro que não — concordou Tom.

  Ela se voltou para o marido:

  — Como se fizesse alguma diferença para você — disse.

  — É claro que faz. Vou cuidar melhor de você daqui para a frente.

  — Você não entendeu — disse Gatsby, com uma pontada de pânico. — Você não vai mais cuidar dela.

  — Ah, não? — Tom arregalou os olhos e deu risada. Agora já conseguia se controlar. — E por que não?

  — Daisy está se separando de você.

  — Besteira.

  — Estou, sim — ela disse, fazendo um esforço visível.

  — Não está se separando de mim! — As palavras de Tom de repente tombaram sobre Gatsby. — Não por um charlatão que teria que roubar a aliança para colocar no seu dedo.

  — Não aguento mais! — gritou Daisy. — Ah, por favor, vamos embora!

  — Quem é você, afinal? — irrompeu Tom. — É da turma do Meyer Wolfshiem, isso eu sei. Fiz uma pequena investigação acerca de seus negócios, e irei mais fundo amanhã.

  — Pode ficar à vontade, meu velho — disse Gatsby com firmeza.

  — Descobri o que eram essas suas drugstores.3

  Tom se voltou para nós e falou rapidamente:

  — Ele e esse tal de Wolfshiem compraram uma porção de drugstores de esquina aqui e em Chicago, onde vendiam etanol no balcão. Foi um de seus pequenos embustes. Reconheci-o como contrabandista desde a primeira vez que o vi, e não estava nem um pouco equivocado.

  — E daí? — disse Gatsby educadamente. — Parece que o seu amigo Walter Chase não era tão escrupuloso assim quando aceitou entrar no negócio.

  — E você o largou na sarjeta, não é? Deixou-o ficar um mês preso em Nova Jersey. Deus! Você precisa ouvir Walter falando de você.

  — Ele veio até nós sem um tostão. Ficou bem feliz de poder ganhar uns trocados, meu velho.

  — Não me chame de “meu velho”! — gritou Tom. Gatsby não respondeu. — Walter podia acabar com vocês denunciando inclusive suas apostas ilegais, mas Wolfshiem o intimidou tanto que ele calou a boca.

  Aquela expressão a um só tempo desconhecida e familiar retornou ao rosto de Gatsby.

  — Esse negócio com as drugstores não é nada — prosseguiu Tom lentamente —, mas sei que está metido em algo que Walter tem pavor de me contar.

  Voltei-me para Daisy, que olhava aterrorizada de Gatsby para o marido, e depois olhei para Jordan, que começara a equilibrar um objeto invisível, porém fascinante, na ponta do queixo. Então me voltei para Gatsby e fiquei assustado com sua expressão. Ele parecia — digo isso sem validar os boatos infames que circulavam em seu jardim — alguém capaz de “matar um homem”. Por um instante, sua expressão só podia ser descrita dessa maneira fantástica.

  A expressão se desvaneceu e Gatsby passou a dirigir-se freneticamente a Daisy, negando tudo e defendendo sua honra até de acusações que nem sequer haviam sido formuladas. Mas a cada palavra Daisy se afastava mais e mais, de modo que ele cedeu, e apenas um sonho morto continuou resistindo conforme a tarde terminava, tentando tocar o que não era mais tangível, buscando de forma melancólica e desanimada o rastro perdido daquela voz na sala.

  A voz voltou a implorar que fossem embora.

  — Por favor, Tom! Não aguento mais.

  Seus olhos assustados garantiam que qualquer intenção, qualquer bravura que ela tenha demonstrado, tudo isso desaparecera em definitivo.

  — Vocês dois podem ir para casa, Daisy — disse Tom. — No carro do senhor Gatsby.

  Ela olhou para Tom, agora apavorada, mas ele insistiu com um escárnio magnânimo:

  — Pode ir. Ele não vai incomodá-la. Acho que já percebeu que esse flertezinho presunçoso chegou ao fim.

  Eles saíram sem dizer uma palavra, despedaçados e acidentados, isolados, como fantasmas, de nossa própria piedade.

  Depois de um instante, Tom levantou-se e tornou a embrulhar a garrafa de uísque, ainda intocada.

  — Alguém quer um gole? Jordan? …Nick?

  Eu não respondi.

  — Nick? — ele tornou a perguntar.

  — O quê?

  — Quer um gole?

  — Não… Acabo de lembrar que hoje é meu aniversário.

  Eu estava completando trinta anos. Diante de mim se estendia a estrada portentosa e ameaçadora de uma nova década.

  Eram sete horas quando entramos no cupê e partimos para Long Island. Tom falou sem parar, exultante e risonho, mas sua voz estava tão distante de nós quanto o clamor de estranhos nas calçadas ou o burburinho do elevado. A empatia humana tem limites, e estávamos aliviados de poder deixar para trás toda aquela trágica discussão, assim como as luzes distantes da metrópole. Trinta anos — a promessa de uma década de solidão, uma lista cada vez menor de amigos solteiros, uma bagagem cada vez menor de entusiasmo e os cabelos também cada vez mais ralos. Mas Jordan estava ao meu lado, e ela, ao contrário de Daisy, sempre fora esperta o bastante para não cultivar sonhos esquecidos de outra época. Enquanto atravessávamos a ponte escura, seu rosto pálido caiu preguiçosamente no meu ombro e o impiedoso golpe dos trinta desapareceu com a pressão reconfortante de sua mão.

  Então rumamos em direção à morte através do frescor do crepúsculo.

  A principal testemunha do inquérito foi o jovem grego Michaelis, propri
etário da cafeteria vizinha às pilhas de cinzas. Por causa do calor, ele havia dormido até depois das cinco, quando foi à oficina e encontrou George Wilson doente — doente de verdade, tão pálido quanto seu cabelo e tremendo da cabeça aos pés. Michaelis aconselhou-o a ir para a cama, mas Wilson se recusou, dizendo que desse jeito perderia uma porção de clientes. Enquanto o vizinho tentava persuadi-lo, explodiu uma barulheira violenta no andar superior.

  — Minha esposa está trancada lá em cima — explicou Wilson calmamente. — Vai ficar lá até depois de amanhã, quando iremos embora daqui.

  Michaelis ficou atônito; haviam sido vizinhos por quatro anos e Wilson nunca parecera minimamente capaz de fazer uma coisa dessas. Em geral ele era um desses homens exaustos: quando não estava trabalhando, sentava-se numa cadeira à porta de casa e ficava vendo as pessoas e carros passarem. Quando alguém lhe dirigia a palavra, ele sempre ria de um jeito cordato e entediante. Wilson pertencia à esposa, e não a si mesmo.

  De modo que Michaelis naturalmente tentou descobrir o que havia ocorrido, mas Wilson não dizia nada — em vez disso, começou a lançar olhares curiosos e desconfiados ao vizinho e perguntar-lhe onde estava em determinados horários de determinados dias. Quando este último já começava a ficar constrangido, um grupo de operários passou pela porta rumo a seu restaurante, de modo que Michaelis aproveitou a oportunidade para escapar, dizendo que voltaria mais tarde. Mas não voltou. Ele deve ter se esquecido, só isso. Quando saiu de novo, pouco depois das sete, lembrou-se da conversa ao ouvir a voz da sra. Wilson, berrando e ralhando no andar térreo da oficina.

  — Vamos, pode bater em mim! — ele a ouviu gritar. — Pode me empurrar e me bater, seu homenzinho imundo e covarde!

  Então ela saiu correndo em direção à penumbra, gesticulando e gritando — e antes que ele pudesse dar um passo para fora de sua porta, tudo estava acabado.

  O “automóvel da morte”, como os jornais o apelidaram, não chegou a parar; ele se materializou em meio à densa escuridão, sofreu um trágico e breve solavanco e desapareceu na curva seguinte. Mavro Michaelis não estava seguro nem quanto à cor — ao primeiro policial, disse que era verde-claro. Um outro carro, que ia na direção contrária, parou a uns cem metros dali e o motorista correu para onde Myrtle Wilson jazia estatelada, a vida brutalmente interrompida, com os cabelos negros misturados à poeira.

  Michaelis e o motorista foram os primeiros a acudi-la, mas, assim que rasgaram sua blusa, ainda empapada de suor, viram que o seio esquerdo estava dependurado livremente como um trapo, e que não havia necessidade de checar o pulso. A boca estava escancarada e um pouco rasgada nos cantos, como se ela tivesse engasgado ao libertar a enorme vitalidade que acumulara por tanto tempo.

  Vimos os três ou quatro automóveis e toda aquela multidão quando ainda estávamos a certa distância.

  — Um acidente! — disse Tom. — Que bom. Até que enfim Wilson vai ter algum trabalho com que se ocupar.

  Ele desacelerou, ainda sem a intenção de parar, até que, ao chegarmos à porta da oficina, alguns rostos mudos e solícitos o fizeram brecar automaticamente.

  — Vamos dar uma olhada — ele disse, hesitante. — Só uma olhada.

  Eu agora conseguia distinguir um gemido oco e incessante que emanava da oficina, um som que, conforme saíamos do cupê e caminhávamos em direção à porta, consistia nas palavras: “Oh, meu Deus!” pronunciadas à exaustão, num lamento ofegante.

  — Algo muito grave aconteceu por aqui — disse Tom, excitado.

  Ficamos na ponta dos pés e, vencendo um círculo de cabeças, enxergamos o interior da oficina, iluminada por uma única lâmpada amarela numa cesta oscilante de metal. Então Tom soltou um ruído gutural e, com um violento empurrão de seus braços musculosos, abriu caminho para o interior da oficina.

  O círculo voltou a se fechar num murmúrio contínuo de reprovação; passou-se um minuto até que eu pudesse enxergar alguma coisa. Os recém-chegados bagunçaram a fila e eu e Jordan fomos empurrados subitamente para dentro.

  O corpo de Myrtle Wilson, embrulhado num lençol e depois em outro, como se sofresse calafrios naquela noite quente, jazia numa escrivaninha junto à parede, e Tom, de costas para nós, estava debruçado sobre ele, imóvel. Próximo a Tom havia um policial motociclista anotando nomes numa caderneta com muita diligência e correção. De início não consegui distinguir a origem das palavras exaltadas e queixosas que ecoavam ruidosamente através da oficina vazia — então vi Wilson parado à soleira saliente da porta de seu escritório, balançando-se para a frente e para trás e segurando o umbral com ambas as mãos. Um homem falava com ele em voz baixa e tentava, de vez em quando, pousar a mão em seus ombros, mas Wilson não ouvia nem enxergava. Seus olhos vagavam da luz oscilante para a mesa ocupada junto à parede, e então retornavam à lâmpada e ele emitia um grito alto, terrível e incessante:

  — Oh, meu De-eus! Oh, meu De-eus! Oh, meu De-eus! Oh, meu De-eus!

  Imediatamente Tom ergueu a cabeça com um movimento abrupto e, após examinar a oficina com os olhos vidrados, grunhiu um comentário incoerente ao policial.

  — M-A-V… — o policial dizia — O…

  — Não, R… — corrigiu o homem — M-A-V-R-O…

  — Ei, você — resmungou Tom ferozmente.

  — R… — disse o policial — O…

  — G…

  — G… — ele ergueu os olhos assim que a mão enorme de Tom caiu pesadamente em seu ombro. — Que foi, colega?

  — O que houve? É o que eu quero saber.

  — Atropelamento. Morreu na hora.

  — Morreu na hora — repetiu Tom, os olhos fixos no vazio.

  — Ela correu para o meio da pista. O filho da mãe nem parou.

  — Eram dois carros — disse Michaelis. — Um indo e outro vindo, entende?

  — Indo para onde? — perguntou o policial com avidez.

  — Um para cada lado. Então ela… — sua mão tentou apontar para o lençol mas parou no meio, deixando-se cair ao lado do corpo. — Ela saiu correndo e o carro que vinha de Nova York a pegou em cheio, a uns cinquenta ou sessenta quilômetros por hora.

  — E como se chama esta oficina? — perguntou o policial.

  — Não tem nome nenhum.

  Um negro pálido e bem vestido se aproximou:

  — Foi um carro amarelo — ele disse. — Um carro grande e amarelo. Novinho.

  — Você viu o acidente? — perguntou o policial.

  — Não, mas um automóvel passou por mim na estrada a mais de sessenta por hora. Acho que a uns oitenta ou até cem.

  — Venha cá para eu anotar o seu nome. Abram caminho, pessoal. Preciso pegar o nome dele.

  Algumas dessas palavras devem ter chegado a Wilson, que ainda balançava na porta do escritório, pois de repente um novo tema encontrou ressonância em seus gritos ávidos:

  — Nem precisam me falar sobre o carro! Eu sei bem qual é o carro!

  Observando Tom, reparei num feixe de músculos se retesando em seus ombros, por dentro do casaco. Ele caminhou rapidamente até Wilson e, parando à sua frente, agarrou-o com firmeza pelos antebraços.

  — Você tem que se controlar — ele disse, com uma frieza apaziguadora.

  Wilson pousou os olhos em Tom; pôs-se na ponta dos pés e teria caído de joelhos se Tom não o estivesse segurando firme.

  — Escute — disse Tom, chacoalhando-o de leve. — Acabo de chegar de Nova York, há menos de um minuto. Estava naquele cupê de que lhe falei. O carro amarelo que você viu hoje cedo não era meu. Entendeu? Passei a tarde inteira sem vê-lo.

  Apenas eu e o negro estávamos próximos o bastante para ouvir o que ele disse, mas o policial captou alguma coisa pelo tom de voz e ergueu seus olhos truculentos.

  — O que está havendo? — perguntou.

  — Sou amigo dele. — Tom virou a cabeça, mas manteve as mãos firmes no corpo de Wilson. — Ele disse que conhece o carro que a atropelou… Era um carro amarelo.

  Algum estranho impulso fez o policial lançar um olhar desconfiado para Tom:

  — E de que cor
é o seu carro?

  — É azul, um cupê.

  — Nós viemos direto de Nova York — eu acrescentei.

  Alguém que dirigia logo atrás de nós confirmou a informação e o policial deu as costas.

  — Agora, se você puder me confirmar de novo o seu nome…

  Erguendo Wilson como uma boneca, Tom o conduziu ao escritório, acomodou-o numa cadeira e voltou.

  — Se alguém puder vir lhe fazer companhia — ele irrompeu de forma autoritária. Ficou observando enquanto os dois homens mais próximos dele se entreolhavam e iam para dentro da sala, desanimados. Tom fechou a porta atrás deles e desceu o único degrau, evitando olhar para a mesa. Quando passou por mim, ele sussurrou:

  — Vamos embora.

  Constrangidos, abrimos caminho com a ajuda dos braços autoritários de Tom e vencemos a multidão que só aumentava. Passamos por um médico apressado de maleta em punho que havia sido chamado meia hora antes, numa louca demonstração de esperança.

  Tom dirigiu devagar até que viramos na curva — então ele pisou no acelerador e o cupê disparou através da noite. Após um tempo, ouvi um tênue e rouco soluço e vi que as lágrimas rolavam abundantemente em seu rosto.

  — Aquele maldito covarde! — gemeu. — Ele nem parou o carro.

  A casa dos Buchanan veio subitamente ao nosso encontro em meio às árvores escuras e farfalhantes. Tom estacionou junto ao pórtico e ergueu os olhos para o segundo andar, onde duas janelas irradiavam luz por entre as videiras.

  — Daisy está em casa — ele disse. Conforme saíamos do carro, olhou para mim e franziu a testa.

  — Eu devia tê-lo deixado em West Egg, Nick. Não há nada que possamos fazer esta noite.

  Uma mudança havia se operado em Tom, que falava de forma grave e decidida. Conforme percorríamos a estrada enluarada de cascalhos até o pórtico, ele dispôs sobre a situação em poucas e bruscas frases.

  — Vou chamar um táxi para levá-lo pra casa, e enquanto isso é melhor você e Jordan irem comer alguma coisa na cozinha, se estiverem com fome. — Ele abriu a porta. — Entrem.

 

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