O Grande Gatsby (Penguin)

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O Grande Gatsby (Penguin) Page 21

by F. Scott Fitzgerald


  Prezado sr. Carraway,

  Foi um dos choques mais terríveis de minha vida, mal posso acreditar que é verdade. Um ato tão maluco assim nos faz pensar. No momento não posso ir até aí, pois estou ocupado com um negócio muito importante e não posso me envolver nisso agora. Se houver algo que eu possa fazer mais tarde, me envie uma carta através de Edgar. Sinto-me desnorteado ao ouvir notícias desse tipo, e estou completamente arrasado.

  Atenciosamente,

  meyer wolfshiem

  E um rápido adendo, na sequência:

  Me informe sobre o funeral e tudo o mais, pois não conheço ninguém da família.

  Quando o telefone tocou naquela tarde, e a telefonista anunciou uma ligação interurbana de Chicago, pensei que finalmente seria Daisy. Mas do outro lado da linha havia uma voz masculina, muito débil e distante.

  — Aqui é o Slagle…

  — Pois não? — O nome me era desconhecido.

  — Belo recado, não? Recebeu meu telegrama?

  — Não recebi telegrama nenhum.

  — O jovem Parke está em apuros — ele disse rapidamente. — Foi preso no instante em que entregava os títulos no guichê.1 Os policiais receberam uma circular de Nova York com todas as dicas cinco minutos antes. O que você sabe sobre isso, hein? Nunca se sabe o que vai acontecer nessas cidades do interior…

  — Ei! — Eu interrompi, ofegante. — Escute, aqui não é o senhor Gatsby. O senhor Gatsby está morto.

  Fez-se um longo silêncio do outro lado da linha, seguido por uma exclamação… e um breve chiado quando a conexão foi perdida.

  Acho que foi no terceiro dia que chegou um telegrama assinado por Henry C. Gatz, vindo de uma cidade em Minnesota. Dizia apenas que o emissor estava a caminho e pedia que o funeral fosse adiado até sua chegada.

  Era o pai de Gatsby, um velho solene, indefeso e consternado, metido num casaco comprido e barato em pleno calor de setembro. As lágrimas corriam incessantemente de seu rosto agitado e, quando apanhei sua mala e o guarda-chuva, ele passou a puxar a barba rala e grisalha com tanta força que tive dificuldade em lhe tirar o casaco. Ele estava à beira de um colapso, de modo que o levei à sala de música e pedi que se sentasse, enquanto lhe arrumava algo para comer. Mas ele não queria comer e suas mãos trêmulas derrubaram o copo de leite.

  — Fiquei sabendo pelo jornal de Chicago — ele explicou. — A história inteira estava no jornal. Vim o mais rápido que pude.

  — Eu não sabia como encontrá-lo.

  Seus olhos vazios se moviam incessantemente pela sala.

  — Foi um maluco — acrescentou. — Ele devia estar doido.

  — Aceita um café? — perguntei.

  — Não quero nada. Já estou melhor, senhor…

  — Carraway.

  — Bem, já estou melhor. Onde eles colocaram Jimmy?

  Levei-o à sala de estar onde estava o corpo do filho, e o deixei por lá. Alguns moleques haviam vencido os degraus e espiavam o vestíbulo; quando lhes contei quem havia chegado, eles foram embora, relutantes.

  Após um instante, o sr. Gatz abriu a porta e saiu da sala, a boca entreaberta, o rosto levemente ruborizado, as lágrimas brotando isoladas e dispersas. Ele chegara a uma idade em que a morte já não implicava necessariamente um choque intolerável e, quando olhou ao redor pela primeira vez e viu a grandiosidade e o esplendor do vestíbulo, além dos salões que se abriam em outras salas, o pesar se misturou a um orgulho assombrado. Ajudei-o a se instalar num quarto no andar de cima; enquanto ele tirava o casaco e o colete, informei que todos as providências haviam sido adiadas até sua chegada.

  — Não sei bem o que você prefere, senhor Gatsby…

  — Meu nome é Gatz.

  — …Senhor Gatz. Talvez o senhor queira levar o corpo de volta para o Oeste.

  Ele balançou a cabeça em negativa.

  — Jimmy sempre preferiu o Leste. Ele alcançou seu status aqui no Leste. Você era amigo do meu filho, senhor…?

  — Sim, éramos muito próximos.

  — Ele tinha um grande futuro pela frente, você sabe. Era muito jovem, mas tinha uma inteligência enorme.

  Ele apontou para a própria cabeça e eu concordei.

  — Se não tivesse morrido, seria um grande homem. Um sujeito como James J. Hill.2 Ele teria ajudado a construir o país.

  — É verdade — eu disse, constrangido.

  Gatz tateou a colcha bordada, tentando afastá-la da cama, e se deitou, rígido — dormindo na mesma hora.

  Naquela noite, um sujeito obviamente assustado telefonou, perguntando-me quem eu era antes de se identificar.

  — Aqui é o senhor Carraway — eu disse.

  — Ah! — Ele parecia aliviado. — Aqui é o Klipspringer.

  Também fiquei aliviado, pois era a esperança de mais um amigo de Gatsby no enterro. Eu não queria que o serviço saísse nos jornais e atraísse uma multidão de curiosos, então decidi chamar algumas pessoas por conta própria. Todas foram difíceis de encontrar.

  — O funeral é amanhã — eu informei. — Às três da tarde, aqui na casa dele. Gostaria que você repassasse a informação para quem possa se interessar.

  — Pode deixar — ele interrompeu, apressadamente. — Acho que não verei ninguém por esses dias, mas, se houver oportunidade…

  Seu tom de voz me deixou desconfiado.

  — Mas você vem, certo?

  — Bem, certamente vou tentar. Liguei por causa de…

  — Só um segundo — interrompi. — Que tal me dizer que vem com certeza?

  — Bem, a verdade é que… Veja, estou hospedado na casa de uns amigos aqui em Greenwich3 e eles esperam que eu fique com eles amanhã. É que vai haver uma espécie de piquenique ou algo assim. É claro que farei o possível para dar uma escapada.

  Soltei um “arrã” incontrolável que ele deve ter ouvido, pois prosseguiu nervosamente:

  — Liguei porque esqueci um par de sapatos aí. Fico pensando se daria muito trabalho mandar o mordomo trazê-los. Veja bem, é um par de tênis, e eu fico meio indefeso sem eles. Envie aos cuidados de B. F….

  Não escutei o resto do nome, pois bati o telefone.

  Depois disso, senti muita pena de Gatsby — um certo cavalheiro a quem telefonei deu a entender que ele teve o que merecia. No entanto, a culpa foi minha, pois era um dos que costumavam zombar cruelmente de Gatsby à custa de sua bebida, e eu devia ter pensado melhor antes de lhe telefonar.

  Na manhã do enterro, fui ver Meyer Wolfshiem em Nova York; não estava conseguindo contatá-lo de nenhuma outra forma. Na porta que eu empurrei, seguindo a indicação do ascensorista, estava escrito: “Suástica Companhia Holding”,4 e de início parecia não haver ninguém lá dentro. Mas, depois que gritei “olá?” várias vezes, em vão, uma discussão irrompeu atrás de uma divisória, e em seguida uma judia amável apareceu numa porta e me examinou com os olhos pretos e hostis.

  — Não há ninguém aqui — ela disse. — O senhor Wolfshiem está em Chicago.

  A primeira parte da afirmação era obviamente falsa, pois começaram a assobiar desafinadamente “The rosary” lá dentro.a

  — Por favor, diga que o senhor Carraway está aqui para vê-lo.

  — Não posso trazê-lo de Chicago, posso?

  Naquele momento, uma voz, sem dúvida alguma de Wolfshiem, gritou “Stella!” do outro lado da porta.

  — Deixe seu nome no balcão — ela disse rapidamente. — Eu lhe darei o recado assim que ele voltar.

  — Mas eu sei que ele está aqui.

  Ela deu um passo em minha direção e pôs a mão na cintura, indignada:

  — Vocês, jovens, acham que podem chegar e entrar em qualquer lugar quando bem entendem — ela ralhou. — Já estamos perdendo a paciência. Quando eu digo que ele está em Chicago, é porque ele está em Chicago.

  Mencionei o nome de Gatsby.

  — Ah! — Ela me examinou outra vez. — Você podia… Qual é o seu nome?

  Ela desapareceu. Num instante Meyer Wolfshiem apareceu solenemente na porta, com os braços estendidos. Levou-me ao seu escrit
ório, observando com um tom de voz reverente que era um momento triste para todos nós, e me ofereceu um charuto.

  — Lembro-me do dia em que o conheci — ele contou. — Um jovem major recém-saído do Exército e coberto de condecorações de guerra. Estava tão falido que precisava continuar usando o uniforme, pois não tinha como comprar roupas normais. Na primeira vez em que o vi, ele estava no bilhar Winebrenner, na rua 43, pedindo emprego. Não se alimentava havia vários dias. “Venha almoçar comigo”, eu disse. Em meia hora ele devorou mais de quatro dólares em comida.

  — Você iniciou Gatsby nos negócios?

  — Não só isso. Eu o criei.

  — Ah.

  — Ergui-o do nada, direto da sarjeta. Vi na hora que era um jovem de boa aparência, educado, e quando me contou que havia frequentado Oggsford, soube que me seria muito útil. Consegui que ele ingressasse na Legião Americana, onde formou sua reputação. Imediatamente fez um trabalho para um cliente meu em Albany. Ficamos assim — ele esfregou os dois indicadores inchados —, sempre próximos em tudo.

  Fiquei imaginando se essa parceria incluía a manipulação da World’s Series de 1919.

  — Agora ele está morto — eu falei, após um instante. — Você era seu amigo mais próximo, então sei que gostaria de ir ao funeral hoje à tarde.

  — Gostaria, sim.

  — Bem, então venha.

  Os pelos de seu nariz tremularam de leve, e seus olhos se encheram de lágrimas conforme ele balançava a cabeça:

  — Não posso. Não posso me envolver nisso — disse.

  — Não há nada com que se envolver. Está tudo acabado.

  — Quando um homem é assassinado, não gosto de me meter de forma alguma. Fico de fora. Em meus anos de juventude, era diferente: se um amigo meu morria, não importava como, eu ficava ao seu lado até o fim. Você pode achar piegas, mas é verdade: até o mais amargo fim.

  Percebi que, por uma razão desconhecida, ele estava decidido a não ir ao enterro, então me levantei.

  — Você foi à universidade? — ele me perguntou de repente.

  Por um instante, pensei que ele iria me propor “um licação nas necócios”, mas apenas assentiu com a cabeça e apertou minha mão.

  — É preciso demonstrar a amizade quando a pessoa ainda está viva, e não depois que morreu — observou. — Quando isso ocorre, minha regra particular é deixar tudo para trás.

  Quando saí do escritório, o céu havia escurecido e tive que voltar a West Egg debaixo de chuva. Após trocar de roupa, fui à casa ao lado e encontrei o sr. Gatz andando de lá para cá no vestíbulo, muito agitado. O orgulho do filho e de suas posses crescia cada vez mais, e agora ele queria me mostrar uma coisa.

  — Jimmy me mandou esta foto. — Com os dedos trêmulos, ele tirou a carteira do bolso. — Veja só.

  Era uma foto da casa, lascada nos cantos e repleta de impressões digitais. Ele me mostrou cada detalhe com avidez. “Veja só!”, e procurava sinais de admiração em meus olhos. Gatz já havia se gabado tanto daquela foto que, a seus olhos, ela devia ser mais real do que a própria casa.

  — Jimmy me mandou pelo correio. Acho que é uma foto muito bonita. Causa boa impressão.

  — Ótima. Quando foi a última vez que o viu?

  — Ele foi me visitar há dois anos e comprou a casa onde moro hoje. É claro que estava falido quando saiu de casa, mas vejo agora que havia um motivo. Ele sabia que tinha um grande futuro pela frente. E assim que sua vida deu certo, foi muito generoso comigo.

  Ele parecia relutante em guardar a foto e a segurou por mais um minuto, demoradamente, diante dos meus olhos. Então a devolveu à carteira e tirou do bolso uma edição surrada e velha de um livro chamado Hopalong Cassidy.5

  — Veja só, ele lia isto quando era garoto. Este livro diz tudo.

  Gatz abriu o livro pela contracapa e o virou para o meu lado. Na última folha de guarda, havia a palavra agenda e a data 12 de setembro de 1906. E embaixo:

  Levantar da cama …… 6h

  Musculação e escalada …… 6h15 às 6h30

  Estudar eletricidade etc. …… 7h15 às 8h15

  Trabalhar …… 8h30 às 16h30

  Beisebol e esportes …… 16h30 às 17h

  Praticar oratória, postura e como alcançá-la …… 17h às 18h

  Estudar invenções necessárias …. 19h às 21h

  resoluções gerais

  Não perder tempo no Shafters e no [nome indecifrável]

  Parar de fumar e mascar chicletes

  Tomar banho em dias alternados

  Ler um livro ou revista edificante por semana

  Economizar 5 dólares 3 dólares por semana

  Tratar melhor os meus pais

  — Achei este livro por acaso — disse o velho. — Ele diz tudo, não é?

  — É mesmo.

  — Jimmy estava destinado ao sucesso. Sempre vinha com resoluções ou coisas do tipo. Você reparou no que ele disse sobre aprimorar o intelecto? Ele fazia isso muito bem. Certa vez, disse que eu comia feito um porco, então eu bati nele.

  Gatz relutou em fechar o livro, lendo cada item em voz alta e olhando avidamente para mim. Acho que ele esperava que eu copiasse a lista para usá-la em meu proveito.

  Pouco antes das três, o ministro luterano veio de Flushing e eu passei a olhar mecanicamente pela janela, à espera de outros automóveis. O pai de Gatsby também. Conforme o tempo passava e os empregados apareciam e se punham a postos no vestíbulo, seus olhos começaram a piscar com inquietação e ele falou da chuva de um jeito preocupado e hesitante. O ministro consultou várias vezes o relógio, de modo que o chamei de lado e pedi que esperasse mais meia hora. Mas não adiantou. Ninguém apareceu.

  Lá pelas cinco horas, nossa procissão de três veículos chegou ao cemitério e parou ao lado do portão, sob um denso chuvisco — primeiro o carro fúnebre, terrivelmente negro e molhado, depois a limusine em que estávamos eu, o sr. Gatz e o ministro, e em seguida a caminhonete de Gatsby, de onde saíram quatro ou cinco empregados e o carteiro de West Egg, molhados até os ossos. Quando ultrapassamos o portão e entramos no cemitério, ouvi o barulho de um carro estacionando e o som de alguém chapinhando no nosso encalço através do chão empapado. Olhei para trás. Era o homem com os óculos de coruja que eu encontrara três meses antes admirando os livros da biblioteca de Gatsby.

  Eu não tornara a vê-lo desde então. Não sei como ficou sabendo do funeral, tampouco sei seu nome. A chuva toldava seus óculos de lentes grossas; ele os tirou do rosto para enxugá-los e ver a lona protetora sendo desenrolada sobre a cova de Gatsby.

  Tentei pensar em Gatsby por um momento, mas ele já se achava muito distante. Além disso, não conseguia deixar de pensar, sem ressentimentos, que Daisy não mandara nenhuma mensagem ou flores. Ouvi alguém sussurrar vagamente: “Abençoados os mortos sobre os quais cai a chuva”, e o homem com os óculos de coruja respondeu: “Amém”, numa voz firme.

  Dispersamo-nos rapidamente pela chuva, em direção aos carros. No portão, o homem com os óculos de coruja veio falar comigo.

  — Não pude ir ao velório — ele observou.

  — Ninguém pôde.

  — Não diga! — ele exclamou. — Por quê, meu Deus? Eles costumavam aparecer às centenas.

  Ele tirou os óculos do rosto e os enxugou outra vez, de ambos os lados.

  — Aquele pobre filho da puta — disse.

  Uma das minhas lembranças mais vivas é a de voltar para casa no Natal, vindo da escola e, mais tarde, da faculdade. Os que iam além de Chicago se reuniam na velha e obscura Union Station às seis horas de uma noite de dezembro, junto a alguns amigos locais, já envolvidos em suas próprias festividades de Natal, para uma breve despedida. Lembro-me dos casacos de pele das garotas saídas do colégio da sra. Fulana ou Sicrana, das conversas com a respiração congelada, dos acenos ao divisar velhos conhecidos, dos preparativos de fim de ano: “Você vai ficar na casa dos Ordway? Nos Hersey? Nos Schultze?”, e dos compridos bilhetes verdes bem seguros em nossas mãos enluvadas. E, por fim, lembro-me dos vagões amarelados e
escuros da ferrovia de Chicago, Milwaukee e St. Paul, parados nos trilhos ao lado do portão, tão alegres quanto o próprio Natal.

  Assim que adentrávamos a noite de inverno e a neve de verdade, a nossa neve, começava a cair lá fora e cintilar contra as janelas, e as luzes débeis das pequenas estações de Wisconsin iam passando, uma súbita sensação revigorante surgia no ar. Respirávamos fundo para absorvê-la conforme voltávamos do jantar através dos vestíbulos frios, indescritivelmente conscientes, por uma estranha hora, de nossa identificação com essa região, antes de nos misturarmos a ela outra vez.

  É esse o meu Meio-Oeste — não o dos campos de trigo, das pradarias ou das cidades perdidas dos suecos,b mas dos retornos emocionantes de trem da minha juventude, dos postes de luz e dos sinos na escuridão glacial, e das sombras de guirlandas refletidas na neve pelas janelas iluminadas. Sou parte disso, e um tanto cerimonioso com a lembrança daqueles longos invernos, um tanto indulgente por ter crescido na casa dos Carraway, numa cidade onde as residências ainda são chamadas pelo nome da família, há décadas. Hoje percebo que, afinal, esta é uma história do Oeste — Tom, Gatsby, Daisy, Jordan e eu éramos todos do Oeste, e talvez tivéssemos uma deficiência em comum que nos tornava sutilmente inadaptáveis para a vida no Leste.

  Mesmo quando o Leste me empolgava, mesmo quando eu estava totalmente ciente de sua superioridade diante das cidades entediantes, dispersas e inchadas para além de Ohio, com suas intermináveis inquisições que poupavam apenas as crianças e os muito velhos — mesmo então, o Leste tinha para mim um caráter distorcido. Sobretudo West Egg, que ainda figura em meus sonhos mais fantásticos. Vejo-a como uma cena noturna de El Greco: centenas de casas a um só tempo convencionais e grotescas, apinhadas sob um céu carrancudo e ameaçador e uma lua pálida. Em primeiro plano, quatro homens sérios de terno caminham pela calçada levando uma maca com uma mulher bêbada num vestido branco de noite. Pendendo para o lado da maca, sua mão resplandece de joias. Sombriamente, o cortejo se dirige a uma casa — a casa errada. Mas ninguém sabe o nome da mulher e ninguém se importa.

 

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